O Corinthians apresentou nesta terça-feira pela manhã, no Museu do
Futebol, em São Paulo, seu novo patrocinador principal. O clube
estampará a marca da Caixa Econômica Federal em seu uniforme até o fim
da temporada de 2013, com direito de renovação até fim de 2014 (os
contratos já estão acertados para que isto aconteça). O valor total
envolvido na transação chegou a R$ 31 milhões anuais. O clube receberá
R$ 1 milhão esse ano e mais R$ 2,5 milhões por mês a partir de 2013.
O evento contou com a presença do presidente do Corinthians, Mário
Gobbi Filho, do vice Luis Paulo Rosenberg e do diretor de marketing do
clube, Ivan Marques. Representaram o banco o vice de finanças e mercado
Marcio Percival e o diretor de publicidad Clauir Santos. Rosenberg,
aliás, aproveitou para mandar um recado para os opositores, que
alimentam rumores de que o clube recebeu ajuda de Andrés Sanches e do
ex-presidente Lula para conseguir patrocinador.
- Essa parceria não tem pai e nem mãe! Quem conseguiu foi o
Corinthians! Não tem varinha mágica! O Corinthians trouxe o parceiro
pela força do Corinthians! Que isso fique claro aqui! - revidou.
A exibição do logotipo da empresa na camisa alvinegra começa a ser
feita neste sábado, no clássico contra o Santos, às 19h30m, no Pacaembu,
pela penúltima rodada do Campeonato Brasileiro. A empresa será também a
única no manto corintiano no Mundial de Clubes, já que a Fifa proíbe
mais de uma propaganda – Fisk (barra) e Tim (número) não estarão.
O Timão estava sem um patrocinador máster desde que foi eliminado pela
Ponte Preta nas quartas de final do Campeonato Paulista, em abril. Neste
período, o clube fez ações pontuais com outras empresas, como a Iveco,
nos últimos jogos da Libertadores. A Apito Promocional, parceira em
rodadas do Brasileirão, deve cerca de R$ 900 mil ao clube por não pagar
parcelas do acordo.
O período sem o patrocínio principal trouxe algum desconforto entre os
dirigentes corintianos, principalmente com o atual vice e ex-diretor de
marketing Luis Paulo Rosenberg, desafeto da cúpula que dirige o futebol,
formada por Roberto de Andrade e Duílio Monteiro Alves. Havia uma
grande pressão sobre o setor para que um novo contratado fosse obtido
antes do Mundial.
- Patrocínio não é fazer um lance na padaria. A camisa do Corinthians
tem um valor, queridos! Eu não vou vender a camisa por um preço vil. Por
isso, ficamos oito meses sem patrocínio. Arriscamos até o fim e
vencemos. Não tem preço o valor de um anúncio na camisa do Corinthians. É
um dos maiores cartazes de propaganda do Brasil e caminha para ser do
mundo. As pessoas precisam vestir as sandálias da humildade e confiar no
trabalho que está sendo feito. Como nós subimos muito, esse é o maior
patrocínio do futebol brasileiro. Não se compra na esquina - justificou
Rosenberg, em tom duro.
O contrato prevê ainda ações em áreas que envolverão a torcida do
Corinthians. A Caixa será a responsável por centralizar as movimentações
financeiras do clube e, no futuro, deve lançar um cartão de crédito
voltado aos alvinegros. A intenção do clube é de que ele seja o único a
ser utilizado nas vendas de ingressos pelo plano Fiel Torcedor.
- Vamos marcar uma reunião mais detalhada para a próxima semana. A
venda de ingressos pode estar nessa pauta. Temos também interesse na
internacionalização da marca. A ida do clube para o Mundial com certeza
pesou nessa decisão - explicou José Henrique Marques da Cruz,
vice-presidente de distribuição, atendimento e negócios da Caixa.
Alavancado pelo contrato de R$ 38 milhões com o antigo anunciante, o
Corinthians especulou no mercado que só aceitaria ofertas acima de R$ 50
milhões por toda a camisa – R$ 35 milhões somente pelo espaço maior -,
mas não conseguiu atingir a meta.
Fonte: Carlos Augusto Ferrari - GloboEsporte.com
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